Sob a óptica do senso comum, pode-se perceber a superficialidade do que se entende acerca de meio ambiente. Para uma grande maioria, meio ambiente é um conjunto de elementos da natureza que envolve os seres vivos. Ao contrário do que se pensa meio ambiente deve ser entendido como o meio no qual o ser humano está inserido, com suas respectivas interações, harmônicas ou não. É algo que está presente desde o início dos tempos e que se estende até os nossos dias. Inicialmente, o homem interferia de forma não significativa em seu bioma; com o passar dos tempos, começou a perceber que podia alterar a paisagem ao seu redor. Um processo paulatino, que tomou forma quando o homem deixou a sede de poder e a ambição tomarem conta de si. O ser humano, em muitos momentos, não faz idéia do seu poder modificador, seja por ignorância, seja por descaso. As transformações que ele realiza na natureza e também em seu ambiente podem ser de proporções catastróficas.
Tal descaso com o meio ambiente provavelmente teve início com o paradigma cartesiano, o qual afirmava que há uma separação entre corpo e mente. O homem era tratado como uma simples máquina de pensar, não tendo conexão alguma com seu corpo, considerado sede do erro e da dúvida. Sendo o homem apenas mente, nada que tivesse a ver com os sentidos importaria, inclusive o cuidado consigo mesmo e com o próximo. Daí o modelo dualista, desigual e predatório da atual sociedade; não existe mais sensibilidade nas relações humanas e não há respeito pelo próximo. Engana-se quem acredita que os problemas do meio ambiente se resumem às queimadas, ao desmatamento ou à poluição. É sabido que esses são problemas reais e que merecem toda atenção, mas limitar a crise ambiental pela qual passa o planeta a questões de âmbito bio-ecológico é pura ingenuidade. Lê-se na Carta da Terra que a violência, a corrupção, a desigualdade social e acima de tudo a miséria são grandes responsáveis pelo conflito natural na sociedade. No mesmo documento, fica claro que, apenas quando as necessidades básicas do ser humano forem atendidas é que pode-se estabelecer um equilíbrio entre natureza e sociedade. Como diz um famoso antropólogo, “é impossível falar de meio ambiente sem levar em conta a questão dos excluídos”. Percebe-se a necessidade de minimizar o impacto do capitalismo, pois o mesmo provoca uma alteração no equilíbrio vital do planeta, favorecendo a injustiça social e a pobreza com a destruição em nome do dinheiro. Todos os seres se constituem numa mesma comunidade de vida e o homem, como ser coletivo, deve somar forças com os demais e fazer sua parte na formação da conscientização ecológica da humanidade, a começar de si mesmo. Como solução para a crise ambiental, criou-se o conceito de Desenvolvimento Sustentável, que visa assegurar a gestão responsável dos recursos naturais do planeta. Isso significa poupar água, utilizar produtos biodegradáveis, realizar coleta seletiva do lixo e consumir o necessário, para evitar o desperdício e o acúmulo de lixo. Entretanto, só isso não é suficiente. Não basta que os cidadãos comuns se mobilizem contra a poluição de rio X, ou pratiquem a coleta seletiva do lixo ou mesmo que façam dezenas de campanhas que sejam veiculadas nos meios de comunicação.
Sem a presença e a atuação dos governantes, nada pode ser efetivado. Leis precisam ser criadas, outras respeitadas e certas burocracias precisam ser deixadas de lado. A comunidade sozinha não pode fazer quase nada sem o apoio do governo. Fica claro até o momento que falar de meio ambiente envolve muito mais questões políticas e socioeconômicas do que se imagina. É preciso parar para refletir que tipo de mundo se está deixando para as futuras gerações. A ação que se realiza hoje em benefício próprio afetará de algum jeito outra pessoa em outro lugar que bem pode ser distante. Como diz a Teoria do Caos “Algo como o simples bater de asas de uma borboleta pode provocar um tufão do outro lado do mundo”. Um exemplo disto são as represas, que embora pareçam ter um objetivo politicamente correto, terminam por modificar a paisagem ao redor, alterar o curso de rios e interromper a desova de muitas espécies de peixes. Com isso, a subsistência de moradores da região fica prejudicada pela (in) consciência de certas empresas. Como se não bastasse, as mesmas empresas que poluem criam projetos de preservação ecológica como meios de compensar os estragos feitos. Tais corporações acabam por posar de ecologicamente responsáveis, quando na verdade tiram proveito da isenção de certos impostos que lhe são concedidos graças a sua suposta boa ação. A ilusão de que os recursos renováveis serão renováveis para sempre leva o homem a abusar da exploração dos mesmos, depredando e devastando áreas equivalentes a campos de futebol, dizimando espécies e provocando catástrofes naturais, como tsunamis, desabamentos e inundações. Pena que o homem ainda pense que é um ser exterior ao meio ambiente e que nada tem a ver com isso.
Tal descaso com o meio ambiente provavelmente teve início com o paradigma cartesiano, o qual afirmava que há uma separação entre corpo e mente. O homem era tratado como uma simples máquina de pensar, não tendo conexão alguma com seu corpo, considerado sede do erro e da dúvida. Sendo o homem apenas mente, nada que tivesse a ver com os sentidos importaria, inclusive o cuidado consigo mesmo e com o próximo. Daí o modelo dualista, desigual e predatório da atual sociedade; não existe mais sensibilidade nas relações humanas e não há respeito pelo próximo. Engana-se quem acredita que os problemas do meio ambiente se resumem às queimadas, ao desmatamento ou à poluição. É sabido que esses são problemas reais e que merecem toda atenção, mas limitar a crise ambiental pela qual passa o planeta a questões de âmbito bio-ecológico é pura ingenuidade. Lê-se na Carta da Terra que a violência, a corrupção, a desigualdade social e acima de tudo a miséria são grandes responsáveis pelo conflito natural na sociedade. No mesmo documento, fica claro que, apenas quando as necessidades básicas do ser humano forem atendidas é que pode-se estabelecer um equilíbrio entre natureza e sociedade. Como diz um famoso antropólogo, “é impossível falar de meio ambiente sem levar em conta a questão dos excluídos”. Percebe-se a necessidade de minimizar o impacto do capitalismo, pois o mesmo provoca uma alteração no equilíbrio vital do planeta, favorecendo a injustiça social e a pobreza com a destruição em nome do dinheiro. Todos os seres se constituem numa mesma comunidade de vida e o homem, como ser coletivo, deve somar forças com os demais e fazer sua parte na formação da conscientização ecológica da humanidade, a começar de si mesmo. Como solução para a crise ambiental, criou-se o conceito de Desenvolvimento Sustentável, que visa assegurar a gestão responsável dos recursos naturais do planeta. Isso significa poupar água, utilizar produtos biodegradáveis, realizar coleta seletiva do lixo e consumir o necessário, para evitar o desperdício e o acúmulo de lixo. Entretanto, só isso não é suficiente. Não basta que os cidadãos comuns se mobilizem contra a poluição de rio X, ou pratiquem a coleta seletiva do lixo ou mesmo que façam dezenas de campanhas que sejam veiculadas nos meios de comunicação.
Sem a presença e a atuação dos governantes, nada pode ser efetivado. Leis precisam ser criadas, outras respeitadas e certas burocracias precisam ser deixadas de lado. A comunidade sozinha não pode fazer quase nada sem o apoio do governo. Fica claro até o momento que falar de meio ambiente envolve muito mais questões políticas e socioeconômicas do que se imagina. É preciso parar para refletir que tipo de mundo se está deixando para as futuras gerações. A ação que se realiza hoje em benefício próprio afetará de algum jeito outra pessoa em outro lugar que bem pode ser distante. Como diz a Teoria do Caos “Algo como o simples bater de asas de uma borboleta pode provocar um tufão do outro lado do mundo”. Um exemplo disto são as represas, que embora pareçam ter um objetivo politicamente correto, terminam por modificar a paisagem ao redor, alterar o curso de rios e interromper a desova de muitas espécies de peixes. Com isso, a subsistência de moradores da região fica prejudicada pela (in) consciência de certas empresas. Como se não bastasse, as mesmas empresas que poluem criam projetos de preservação ecológica como meios de compensar os estragos feitos. Tais corporações acabam por posar de ecologicamente responsáveis, quando na verdade tiram proveito da isenção de certos impostos que lhe são concedidos graças a sua suposta boa ação. A ilusão de que os recursos renováveis serão renováveis para sempre leva o homem a abusar da exploração dos mesmos, depredando e devastando áreas equivalentes a campos de futebol, dizimando espécies e provocando catástrofes naturais, como tsunamis, desabamentos e inundações. Pena que o homem ainda pense que é um ser exterior ao meio ambiente e que nada tem a ver com isso.